Obsessões espirituais

Do Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita: Ensinos e parábolas de Jesus, Livro III, Parte II, no Módulo IV, Roteiro 3, extraímos alguns ensinamentos e esclarecimentos para a nossa reflexão sobre obsessões espirituais.

Vários são os textos evangélicos que cuidam dessa temática, a saber:

“E estava na sinagoga deles um homem com um Espírito imundo, o qual exclamou, dizendo: Ah! Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus. E repreendeu-o Jesus, dizendo: cala-te e sai dele. Então, o Espírito imundo, agitando-o e clamando com grande voz, saiu dele”. (Marcos, 1: 23-26)

“E, havendo-se eles retirado, trouxeram-lhe um homem mudo e endemoninhado. E, expulso o demônio, falou o mudo; e a multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel. (…) Trouxeram-lhe, então, um endemoninhado cego e mudo; e, de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via”. (Mateus, 9: 32-33; 12: 22)

“E eis que um homem da multidão clamou, dizendo, Mestre, peço-te que olhes para meu filho, porque é o único que eu tenho. Eis que um Espírito o toma, e de repente clama, e o despedaça até espumar; e só o larga depois de o ter quebrantado. E roguei aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. E Jesus, respondendo, disse: Ó, geração incrédula e perversa! Até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei? Traze-me cá o teu filho. E, quando vinha chegando, o demônio o derribou e convulsionou; porém Jesus repreendeu o Espírito imundo, e curou o menino, e o entregou a seu pai”. (Lucas, 9: 38-42)

“E chegaram à outra margem do mar, à província dos gadarenos. E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com Espírito imundo, o qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender. Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões, em migalhas, e ninguém o podia amansar. E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes e pelos sepulcros e ferindo-se com pedras. E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes. (Porque lhe dizia: sai deste homem, Espírito imundo.) E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos. E rogava-lhe muito que não os enviasse para fora daquela província. E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles Espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil) e afogou-se no mar. E os que apascentavam os porcos fugiram e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido. E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram”. (Marcos, 5: 1-15)

A obsessão é um mal epidêmico que afeta a Humanidade desde os tempos imemoriais. Decorre da imperfeição moral do ser humano, da mesma forma que as doenças resultam de imperfeições físicas. Allan Kardec classifica a obsessão em três níveis, conforme a gravidade ou intensidade do problema: Obsessão simples, fascinação e subjugação.

Chama-se obsessão à ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.

A obsessão simples é de ocorrência comum e raras são as pessoas que, em algum momento da existência, não lhe tenham sofrido a ação. O obsessor se imiscui na vida da pessoa, alimenta-lhe ideias fixas que, se mantidas, afetam-lhe o equilíbrio emocional e psíquico. Surgem como efeito de inquietações, desconfianças, inseguranças, enfermidades que conduzem a pessoa ao leito. (…)

A fascinação tem consequências mais graves que a obsessão simples. ‘É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium (obsidiado) e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio’.  Em geral, o fascinado não acredita que esteja sendo enganado: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente.

A fascinação ocorre por meio de persistente indução telepática, produzida pelo obsessor sobre a mente do obsidiado. Esta ação repercute no corpo físico que, paulatinamente, se revela debilitado e enfermo, em razão do vampirismo associado ao processo. À medida que o campo mental da vítima cede à influência obsessiva, assimila não apenas a indução telepática, mas também as atitudes e formas de ser do seu hóspede.

A subjugação é uma obsessão muito grave, daí ter sido chamada de ‘possessão’ no passado, uma vez que há domínio mais severo do obsessor sobre o obsidiado. A subjugação ‘é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob um verdadeiro jugo’.

‘No painel das obsessões, à medida que se agrava o quadro da interferência, a vontade do hospedeiro perde os contatos de comando pessoal, na razão direta em que o invasor assume a governança. A (…) subjugação pode ser física, psíquica e simultaneamente físio-psíquica. A primeira, não implica na perda da lucidez intelectual, porquanto a ação dá-se diretamente sobre os centros motores, obrigando o indivíduo, não obstante se negue à obediência, a ceder à violência que o oprime. (…) No segundo caso, o paciente vai (sendo) dominado mentalmente, tombando em estado de passividade, não raro sob tortura emocional, chegando a perder por completo a lucidez (…). Por fim, assenhoreia-se, simultaneamente, dos centros do comando motor e domina fisicamente a vítima, que lhe fica inerte, subjugada, cometendo atrocidades sem nome’.

Jesus curou muitos processos obsessivos, ilustrados neste Roteiro com exemplos, sendo duas de Mateus, duas de Marcos e uma de Lucas. Nos dias atuais, como à época de Jesus, a obsessão apresenta caráter epidêmico, em razão do elevado número de casos existentes. Nos textos evangélicos mencionados percebemos que a obsessão, entre outros fatores, pode ser provocada por um ou mais Espíritos e que traz danos à saúde, alguns sérios, altamente lesivos.

Importa considerar que o obsessor é usualmente denominado ‘demônio’, ou ‘Espírito imundo’ nos textos bíblicos, em decorrência dos danos provocados.

2. Interpretação do texto evangélico

» E estava na sinagoga deles um homem com um Espírito imundo, o qual exclamou, dizendo: Ah! Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus. E repreendeu-o Jesus, dizendo: cala-te e sai dele. Então, o Espírito imundo, agitando-o e clamando com grande voz, saiu dele (Mc 1: 23-26).

Temos, aqui, um exemplo de obsessão simples, caracterizada pela provocação de um Espírito perturbado que indaga o Cristo de forma irônica e com falsa lisonja. Jesus, porém, conhecendo-lhe as intenções, repreende-o de forma direta e incisiva, afastando-o do obsidiado.

Precisamos guardar vigilância contra as ações obsessivas, entretanto, o cuidado deve ser redobrado quando são originárias de Espíritos hipócritas, enganadores, acostumados a estimular “(…) a desconfiança e a animosidade contra os que lhes são antipáticos. Especialmente os que lhes podem desmascarar as imposturas são objeto da maior animadversão (desaprovação, advertência, censura, reprimenda) da parte deles’. (…)

» E, havendo-se eles retirado, trouxeram-lhe um homem mudo e endemoninhado. E, expulso o demônio, falou o mudo; e a multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel (Mt 9: 32-33). Trouxeram-lhe, então um endemoninhado cego e mudo; e de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via (Mt, 12: 22).

Estes dois registros de Mateus põem em evidência um processo obsessivo que produz mudez e cegueira, isto é, lesando de forma mais intensa o organismo. Afastado ‘(…) o hóspede estranho pela bondade do Senhor, o enfermo foi imediatamente reconduzido à fala. Temos aí a obsessão complexa, atingindo alma e corpo’. Ambas as obsessões podem ser categorizadas como fascinação.

Em geral, desconhecemos as motivações que fazem um Espírito atuar sobre um ou outro órgão do corpo físico do obsidiado. É possível que tal instrumento orgânico apresente alguma fragilidade na sua constituição, sendo mais acessível às influências, pois na ‘(…) obsessão, o Espírito atua exteriormente, com a ajuda do seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado, ficando este afinal enlaçado por uma como teia e constrangido a proceder contra a sua vontade’. (…)

» E eis que um homem da multidão clamou, dizendo, Mestre, peço-te que olhes para meu filho, porque é o único que eu tenho. Eis que um Espírito o toma, e de repente clama, e o despedaça até espumar; e só o larga depois de o ter quebrantado. E roguei aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei? Traze-me cá o teu filho. E, quando vinha chegando, o demônio o derribou e convulsionou; porém Jesus repreendeu o Espírito imundo, e curou o menino, e o entregou a seu pai (Lc 9: 38-42).

Este texto evangélico evidencia um processo obsessivo mais grave, do tipo subjugação. O enfermo é portador de uma afecção mental, semelhante à epilepsia, em razão do domínio do Espírito, que o subjuga e o atormenta. Este caso, também narrado por Mateus e Marcos, é peculiar porque os discípulos de Jesus não conseguiram curar o enfermo, libertando-o do obsessor. Indagado a respeito, Jesus faz duas colocações de suma importância, relatadas por um ou outro evangelista: a) os discípulos não curaram o epilético, subjugado por um Espírito malévolo, ‘por causa da pouca fé’ (Mt 17:20); b) neste tipo de obsessão, o Espírito perseguidor só é afastado ‘por oração e jejum’ (Mt 17:21 e Mc 9:29).

Os Espíritos endurecidos são perseguidores implacáveis, vingadores que não se compadecem de suas vítimas, daí não serem convencidos com facilidade. O trato com eles exige paciência e perseverança, uma vez que o senso moral lhes é reduzido. Em geral, ‘(…) não atendem às exortações, não aceitam conselhos, não obedecem a razões e não há sentimento, por mais generoso que seja que os comova’. As subjugações espirituais vinculam-se a ações passadas, desta ou de outras existências, cuja mágoa e ódio mantêm ligados obsessor e obsidiado.

‘Quase sempre a obsessão exprime vingança tomada por um Espírito e cuja origem frequentemente se encontra nas relações que o obsidiado manteve com o obsessor, em precedente existência. Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. É daquele fluido que importa desembaraçá-lo. Ora, um fluido mau não pode ser eliminado por outro igualmente mau. Por meio de ação idêntica à do médium curador, nos casos de enfermidade, preciso se faz expelir um fluido mau com o auxílio de um fluido melhor. Nem sempre, porém, basta esta ação mecânica; cumpre, sobretudo, atuar sobre o ser inteligente, ao qual é preciso se possua o direito de falar com autoridade, que, entretanto, falece a quem não tenha superioridade moral. Quanto maior esta for, tanto maior também será aquela. Mas, ainda não é tudo: para assegurar a libertação da vítima, indispensável se torna que o Espírito perverso seja levado a renunciar aos seus maus desígnios (…)’.

» E chegaram à outra margem do mar, à província dos gadarenos. E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com Espírito imundo, o qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender. Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões, em migalhas, e ninguém o podia amansar. E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes e pelos sepulcros e ferindo-se com pedras. E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes. (Porque lhe dizia: sai deste homem, Espírito imundo.) E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos. E rogava-lhe muito que não os enviasse para fora daquela província. E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil) e afogou-se no mar. E os que apascentavam os porcos fugiram e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido. E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram (Mc 5: 1-15).

Esta passagem evangélica, além de ilustrar o processo obsessivo por subjugação, demonstra que um mesmo obsidiado pode ser dominado por vários Espíritos. Nesta situação, a criatura não é mais dona da própria vontade, ficando à mercê das imposições dos perseguidores espirituais. A mente do encarnado, nestas condições, vive mergulhada em graves perturbações, tendo as energias físicas espoliadas, ao longo do tempo, pelo vampirismo degradante dos subjugadores, tão desarmonizados quanto ele próprio. O obsidiado, comumente classificado como portador de loucura, vive imensos suplícios, totalmente alienado. Somente o Cristo para libertar o ‘(…) pobre gadareno, tão intimamente manobrado por entidades cruéis, e que mais se assemelhava a um animal feroz, refugiado nos sepulcros’.

É necessário interpretar corretamente estes versículos de Marcos, não os analisando de forma literal: ‘E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles Espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil) e afogou-se no mar’.

Obviamente, nos parece fora de propósito supor que o Cristo iria permitir a morte dos animais. Ele jamais eliminaria um mal com outro mal.

Uma possibilidade é que, existindo de fato uma vara de porcos no local, os obsessores ficaram tão enraivecidos porque Jesus libertou o ser que eles subjugavam, que direcionaram a sua fúria contra os irracionais, tal como acontece com pessoas iradas que quebram objetos, esmurram paredes ou móveis e maltratam animais que cruzam o seu caminho, quando se encontram ensandecidos pela raiva. Allan Kardec nos fornece estas explicações:

‘O fato de serem alguns maus Espíritos mandados meter-se em corpos de porcos é o que pode haver de menos provável. Aliás, seria difícil explicar a existência de tão numeroso rebanho de porcos num país onde esse animal era tido em horror e nenhuma utilidade oferecia para a alimentação. Um Espírito, porque mau, não deixa de ser um Espírito humano, embora tão imperfeito que continue a fazer mal, depois de desencarnar, como o fazia antes, e é contra todas as leis da Natureza que lhe seja possível fazer morada no corpo de um animal. No fato, pois, a que nos referimos, temos que reconhecer a existência de uma dessas ampliações tão comuns nos tempos de ignorância e de superstição; ou, então, será uma alegoria destinada a caracterizar os pendores imundos de certos Espíritos’.

Como fechamento deste estudo inserimos estes sábios esclarecimentos de Emmanuel:

‘Que a obsessão é moléstia da alma, não há negar. A criatura desvalida de conhecimento superior rende-se, inerme, à influência aviltante, como a planta sem defesa se deixa invadir pela praga destruidora, e surgem os dolorosos enigmas orgânicos que, muitas vezes, culminam com a morte. Dispomos, contudo, na Doutrina Espírita, à luz dos ensinamentos do Cristo, de verdadeira ciência curativa da alma, com recursos próprios à solução de cada processo morboso da mente, removendo o obsessor do obsidiado, como o agente químico ou a intervenção operatória suprimem a enfermidade no enfermo, desde que os interessados se submetam aos impositivos do tratamento. Se conduzes o problema da obsessão com lucidez bastante para compreender as próprias necessidades, não desconheces que a renovação da companhia espiritual inferior, a que te ajustas, depende de tua própria renovação. Ouvirás preleções nobres, situando-te os rumos. Recolherás, daqui e dali, conselhos justos e precisos. Encontrarás, em suma, nos princípios espíritas, apontamento certo e exata orientação. Entretanto, como no caso da receita formulada por médico abnegado e culto, em teu favor, a lição do Evangelho consola e esclarece, encoraja e honra aqueles que a recebem, mas, se não for usada, não adianta’.


Bibliografia:

BÍBLIA SAGRADA.

MOURA, Marta Antunes de Oliveira de (Organizadora). Estudo aprofundado da doutrina espírita: Ensinos e parábolas de Jesus – Parte II: orientações espíritas e sugestões didático-pedagógicas direcionadas ao estudo do aspecto religioso do Espiritismo. 1ª Edição. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2016.

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