Lenda oriental sobre bem mais precioso (Espírito Manoel Philomeno de Miranda)

(Citação parcial para estudo, de acordo com o inciso III do art. 46 da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998)

 Reflexões para estudos sobre bens celestiais

Lenda oriental sobre bem mais precioso (Espírito Manoel Philomeno de Miranda)

“Contou com simplicidade, que a existência terrena pode ser comparada a alguém que possui um tesouro valioso e sai em busca de outro perfeitamente dispensável, mas que acredita ser o único que lhe trará felicidade, tombando depois em frustração e desespero.

Para ilustrar, referiu-se a uma antiga lenda oriental, na qual uma jovem senhora, caminhando com o filhinho nos braços, passou por uma estranha gruta, de onde uma voz agradável e sedutora chamou-a, nominalmente, convidando-a a entrar e apropriar-se dos tesouros ali existentes, belos e raros, como os olhos humanos nunca viram antes. Ficando aturdida, foi tomada de curiosidade, pelo fato de ouvir a desconhecida voz e pela proposta fascinante. Como novamente escutasse o convite para se tornar muito rica, ouviu com nitidez a voz lhe dizer que tudo poderia recolher antes de sair, que passaria a pertencer-lhe, porém, no momento em que se afastasse da caverna, uma pesada porta desceria e não mais se abriria. Tivesse pois, cuidado, porquanto estava diante de incomum felicidade, mas não poderia voltar ao local depois que a porta fosse cerrada.

A felizarda olhou em volta, e como não visse ninguém, imaginou que nada teria a perder, se se adentrasse, o que fez de imediato, ficando deslumbrada ao contemplar joias de peregrina beleza, gemas preciosas, colares reluzentes, vasos de ébano e alabastro, estatuetas de incomparável perfeição cobertas de lápis-lazúli esmeraldas, diamantes rubis, pérolas.

Não retornara à realidade, quando ouviu a voz repetir:

— Retira o que quiseres para levar, mas, tem tento, porque após saíres a porta descerá, fechando-se para sempre, e o que ficar atrás, nunca mais será recuperado.

Tomada por imensa ganância, começou a recolher as peças que lhe pareciam mais valiosas, e porque desejasse a maior quantidade colocou o filhinho que tinha nos braços em lugar confortável no solo, continuando a colocar na barra da saia transformada em depósito, tudo quanto podia carregar.

Quando acreditou estar com um fardo infinitamente valioso saiu apressadamente e viu descer a porta pesada.

Respirou aliviada e sorriu.

Encontrava-se radiante de felicidade quando, subitamente recordou-se do filhinho que havia deixado na furna…

Os olhos da paciente brilharam inteligentes, e ela perguntou:

— E a mãe, como ficou?

— Desesperada! — replicou a psicoterapeuta. — Agora, que tinha tudo quanto havia anelado, perdera, esquecido na caverna, o seu maior tesouro. Assim agimos em nosso dia a dia terreno. Possuímos o que há de mais importante para a felicidade, e, no entanto, continuamos na cova das ambições procurando fantasias e brilhos secundários, perdendo o tesouro da paz, sem o qual caímos no fosso do desespero sem remédio…

(…) E prosseguiu na sua atividade maravilhosa, trazendo aqueles que se atiraram no desfiladeiro sombrio do mutismo e do isolamento para recomeçar o treinamento para a realidade.” (Espírito Manoel Philomeno de Miranda, na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Tormentos da obsessão. Capítulo 6. Informações preciosas)

Bibliografia

MIRANDA, Manoel Philomeno de; na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Tormentos da obsessão. 10ª Edição. Salvador/BA: LEAL Editora, 2019.

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