(Citação parcial para estudo, de acordo com o inciso III do art. 46 da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998)
Reflexões para os estudos referentes a amor
A força do amor (Espírito Joanna de Ângelis)
“Permite que o amor de Deus te inunde, aquecendo a frialdade dos teus sentimentos e diluindo as dores que têm procurado permanecer dominadoras no teu íntimo.
Renasceste para amar, a fim de tornar-te uma fonte generosa de ricas energias que deverás esparzir onde e com quem te encontres.
Se a aflição busca pouso nas tuas emoções e retira o colorido da alegria que te impulsiona em direção da luta redentora, entrega-te ao amor, e dá-te mais ao irmão sofredor, assim revitalizando os teus ideais de melhor servir.
Se a morte arrebatou o ser querido, que te constituía emulação ao trabalho e ao júbilo existencial, não te consideres desamparado, porque ele vive, e logo se recupere, retomará à liça ao teu lado, a fim de prosseguir na ajuda de que necessitas para superar a solidão.
Se a ingratidão te feriu o cerne da alma e tudo se encontra sob sombra densa, acende a luz do amor em forma de perdão e não te facultes o desânimo ou a melancolia.
Se a enfermidade alojou-se no teu organismo e lentamente mina as tuas forças com ameaças graves, recupera a vitalidade mediante as bênçãos do autoamor, e gera equilíbrio e renovação íntima.
Se te sentes cercado por desafios que parecem impedir-te o avanço na direção do Senhor, ama sem preconceito, e compreende que toda ascensão produz cansaço e exige esforço maior do que se imagina.
Se os teus projetos bem-delineados sofrem dificuldades em realizar-se, ama com abnegação, faze a parte que te cabe e deixa o restante Àquele que é Vida em abundância e Ele fará o que não podes realizar.
Se a ingratidão de amigos afetuosos apunhala-te a alma, ama-os mais, sem nada exigir-lhes, porque o amor é bênção que se doa e não interesse que se negocia.
Se caminhas em a noite escura da alma, transforma o teu sentimento de amor em lâmpada de ardente chama, e verás a senda iluminada que aguarda os teus passos seguros.
Se a existência subitamente perdeu o encantamento e te sentes esmagado pelo fardo de desconhecida melancolia, ama com mais vigor e perceberás que o seu magnetismo fortalecer-te-á, auxiliando-te na reconquista dos bens imperecíveis de que descuidavas.
Se os teus passos perderam a força e cambaleias pelo caminho que antes vencias com vigor, ama e descobrirás a sublime energia do amor, portadora de recursos que resolvem todos os problemas e trabalha sem cessar em favor da ordem e do êxito.
Ama sempre e nunca deixes que o amor se esfrie no teu coração.
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Mesmo que tudo se te apresente sombrio e não percebas as nobres companhias espirituais que te ajudam na jornada libertadora, mantém a certeza de que não te encontras a sós.
Jesus prometeu que estaria ao lado de todos aqueles que O amassem, mesmo que, aparentemente, se encontrassem em solidão.
A externa solidão nem sempre é negativa, porquanto é portadora de sutis mensagens para levar-te à reflexão, à calma, à viagem interior.
Um pouco de silêncio te auxiliará a encontrar o roteiro momentaneamente perdido.
Na multidão, ante a algaravia das paixões, existem alegrias e ilusões que parecem felicitar as criaturas, perturbando-as mais do que as dignificando. É na solidão que o ser humano se encontra, que descobre o sentido e o significado existenciais, quando adquire coragem para prosseguir, para vencer, etapa a etapa, o caminho da evolução.
Quando as criaturas descobrirem o poder do amor, jamais experimentarão desânimo ou sofrimento, porque identificarão em cada acontecimento uma necessidade inerente ao processo iluminativo, retirando a melhor parte da experiência com que se enriquecerá de paz.
O mundo tem muita carência de amor.
Fala-se muito sobre esse dom divino, mas apenas se fala.
Ironicamente todos desejam ser amados e poucos se dispõem a amar, a modificar a estrutura racional do interesse pessoal.
Acredita-se, de maneira equivocada, que o amor é um instrumento que pode ser utilizado com habilidade para conseguir-se objetivos nem sempre superiores, e, em consequência, tomba-se em desencantos e frustrações.
A ética do amor exige sacrifício e impõe coragem de fé.
A história dos mártires é, antes de tudo, um poema de amor em forma de extrema dedicação à causa do bem na Terra.
Alguns são anônimos e o mundo não os conhece, outros chamaram a atenção pela maneira como conduziram a existência e são admirados, comentados, mas raramente seguidos.
Inúmeros têm sido objeto de crítica, de ironia e são considerados psicopatas, por haverem elegido o ministério da dedicação a Deus e ao seu próximo.
Isso, porém, não é importante, porque eles elegeram a melhor parte, a melhor conduta, aquela que lhes não será tirada, conforme as anotações evangélicas.
Desse modo, não te permitas a situação morna, cômoda, sofrida e distante do dever de amar, e aproveita cada momento da existência para permaneceres fiel ao objetivo da existência de que desfrutas.
Quem ama é imensamente feliz, enquanto que todo aquele que deseja e busca somente ser amado, não alcançou ainda a maturidade psicológica, demora-se em lamentável estado infantil.
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Quem O visse pregado numa cruz de vergonha, abandonado por quase todos os afetos, criticado e em infinito sofrimento, na tarde ardente e ameaçadora, não se daria conta de que Deus estava com Ele, e que aquele testemunho Ele próprio o elegera, a fim de ensinar a todos que O amassem a permanecerem fiéis até o fim.
A tua cruz invisível é por Ele conhecida e, portanto, nunca estarás abandonado, se souberes transformá-la em asas de amor e de perdão que te alçarão à plenitude.
Desse modo, nunca te canses de amar e amar com entrega total.” (Espírito Joanna de Ângelis, na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Tesouros libertadores. Editora Leal. Cap. 20)
Bibliografia:
ÂNGELIS, Joanna de (Espírito); na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Tesouros libertadores. 1ª Edição. Salvador/BA: Editora Leal, 2016.