Pedir, buscar e bater (palestra)

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Pedir, buscar e bater (Palestra)

Vamos falar sobre “Pedir, buscar e bater”, do Capítulo XXV do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, que tem como título: “Buscai e achareis”.

Pedir, buscar e bater

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mateus, 7: 7-11)

“Com estas palavras, Jesus animava a seus discípulos, a fim de que não caíssem no abatimento e no desânimo, que o mau êxito costuma acarretar. A perseverança fortalece, melhora e garante o bom êxito às nossas resoluções, às nossas obras e à nossa fé, tornando-nos dignos da atenção do Mestre que, pelos nossos esforços reiterados, nos concede o que antes não concedera, quando ainda não estávamos seguros de nós mesmos.”(Antônio Luiz Sayão: Elucidações evangélicas à luz da Doutrina Espírita. 16ª Edição FEB Editora, 2019)

As respostas do Céu

“Estas afirmativas de Jesus consagram a confiança com a qual devemos procurar a Deus, conscientes de que Ele é mesmo o nosso Pai.”

“Alguém poderia contestar, asseverando que tem feito solicitações a Deus sem receber atendimento. Quando tal acontece é que, geralmente, pedimos o que desejamos e Deus nos envia apenas o que nos é necessário, procedimento perfeitamente logico: nenhum pai consciente e justo satisfaria as exigências da criança birrenta ou as aspirações inconsequentes do adolescente inquieto. Pelo contrário, dar-lhe-á o que sabe ser bom para ele, embora nem sempre o filho pense assim.” (Richard Simonetti: A voz do monte: lições do Cristo para uma vida melhor. 10ª Edição FEB Editora, 2020)

Desta passagem Evangélica, destacamos três ações: pedir, buscar e bater; que apresentam como respostas: obter, achar e abrir. Não à toa, duas ações veem depois do pedir, que exigem esforços individuais de buscar e bater à porta (por ajuda). Assim, não basta pedir, tem que buscar e bater à porta, ou seja, temos que fazer a nossa parte.

Pedir a Deus, em nome de Jesus

“Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar. Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra.” (João, 16: 23-24)

“E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu nome, eu farei.” (João, 14: 13-14)

O pedir para receber a graça divina

Jesus exortou a orar e a confiar em Deus na certeza de que Ele não deixará de atender às nossas necessidades materiais e espirituais, desde que façamos a nossa parte, diligenciando (buscar e bater) por obtê-las.

A razão do “pedir” não é informar a Deus o que necessitamos, tampouco lembrar de algo que tenha esquecido. Ele sabe de tudo a nosso respeito.

Com o pedir, confessamos as nossas indigências e fraquezas, colocando-se em ato de humildade e fé, que criam as condições para receber a graça divina.

Rezar, pedindo a Deus, em nome de Jesus; quer seja invocando uma santidade, um Espírito benevolente ou uma entidade espiritual, por nós, alguém ou algo que desejamos muito, para suplicar, agradecer ou louvar.

Esta é a síntese de “ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará”. Para que o céu ajude, o Mestre afirma que “todos os que pedem, recebem; os que buscam, acham; e a quem bate, se abre”. Muitos acham, equivocadamente, que Deus tudo fará por nós sem os nossos esforços e sem as nossas súplicas. Demonstram, assim, que não compreenderam as promessas do Evangelho.

Oração como meio de comunicação

Oração é meio de comunicação para se conectar, pela transmissão do pensamento, com um ente espiritual e estabelecer sublime ligação com os planos elevados.

É necessário concentrar no pensamento e na vontade, para emanar boas correntes fluídicas que tocarão no ente invocado.

Fé, confiança, constância, persistência e vontade, na oração, são fundamentais para a conexão com o destinatário.

O fluido universal é veículo do pensamento, como o ar é das ondas eletromagnéticas na chamada pelo celular. A diferença é de que o som não pode fazer-se ouvir senão dentro de um espaço muito limitado, enquanto que o pensamento alcança o infinito.

Intermediários e intercessores

  • Preces feitas a Deus, escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades.
  • As dirigidas aos bons Espíritos são reportadas a Deus.
  • Quando alguém ora a outros seres que não a Deus, o faz recorrendo a intermediários, a intercessores, porquanto nada sucede sem a vontade de Deus.
  • Pela prece, o fluído magnético pode manipular medicações balsâmicas, produzir prodígios de amor fecundo e estabelecer uma sublime ligação com o Céu.

A prece não isenta as provações

“A prece deve ser cultivada, não para que sejam revogadas as disposições da Lei Divina, mas a fim de que a coragem e a paciência inundem o coração de fortaleza nas lutas ásperas, porém necessárias.” (EMMANUEL, Emmanuel, pg. 23)

Não rezem pedindo a revogação da Lei de Deus, pois ela é eterna, imutável e perfeita.

Nos sofrimentos, nas tribulações e nas aflições, orar construindo caminhos para a libertação.

O dilema do pedir

Em geral, no pedir, o ser humano apenas vê o presente, esquecendo-se de edificar a futura morada e sem compreender que muitas dores e sofrimentos são adubos espirituais para tornar o solo fértil, criando as condições para acolher e fecundar a semente da Palavra, que desenvolverá a boa árvore para produzir bons frutos.

Diante das aflições e tribulações

Diante das aflições, das tribulações e das angústias física e espiritual, procuramos desesperadamente por Deus.

Se a ajuda não vem, ficamos desiludidos, sem esperança ou revoltados. Mas, Deus está agindo e providenciando, segundo suas leis. Como Pai, nos dará o que for melhor.

Os fiéis discípulos do Cristo sabem que na vida terão tribulações, aflições, dores e sofrimentos, mas jamais se entregarão à angústia e ao desânimo.

As tribulações fazem parte do seguimento das pegadas do Cristo e quem quiser ser seu discípulo, renuncia a si mesmo, tome a sua cruz e siga em frente, porquanto o sofrimento e as angústias dessa vida fazem parte da caminhada com Deus.

Oração do Pai nosso

Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu

Indica que o ser humano não só admite a existência de Deus, Criador de todos os seres e de todas as coisas, na Terra e fora dela, mas que se dispõe a submeter‑se à Vontade Divina, que é sempre sábia, bondosa, justa, plena de compaixão e misericordiosa.

Reconhece a Divina Providência, que ampara a Humanidade, contínua e ininterruptamente.

“Se a submissão é um dever do filho para com o pai, do inferior para com o seu superior, quão maior não deve ser a da criatura para com o seu Criador! Fazer a tua vontade, Senhor, é observar as tuas leis e submeter-se, sem queixumes, aos teus decretos. O homem a ela se submeterá, quando compreender que és a fonte de toda a sabedoria e que sem ti ele nada pode. Fará, então, a tua vontade na Terra, como os eleitos a fazem no Céu.” (Allan KARDEC. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB Editora, Cap. 28)

Como pedes? (Espírito Emmanuel)

“Em muitos recantos, encontramos criaturas desencantadas da oração.

Não prometeu Jesus a resposta do Céu aos que pedissem no seu nome? Muitos corações permanecem desalentados porque a morte lhes roubou um ente amigo, porque desastres imprevistos lhes surgiram na estrada comum.

Entretanto, repitamos, o Mestre divino ensinou que o homem deveria solicitar em seu nome.

Por isso mesmo, a alma crente, convicta da própria fragilidade, deveria interrogar a consciência sobre o conteúdo de suas rogativas ao Supremo Senhor, no mecanismo das manifestações espirituais.

Estará suplicando em nome do Cristo ou das vaidades do mundo? Reclamar, em virtude dos caprichos que obscurecem os caminhos do coração, é atirar ao divino Sol a poeira das inquietações terrenas; mas pedir, em nome de Jesus, é aceitar-lhe a vontade sábia e amorosa, é entregar-se-lhe de coração para que nos seja concedido o necessário.

Somente nesse ato de compreensão perfeita do seu amor sublime encontraremos o gozo completo, a infinita alegria.

Observa a substância de tuas preces. Como pedes? Em nome do mundo ou em nome do Cristo? Os que se revelam desanimados com a oração confessam a infantilidade de suas rogativas”.

Obras e merecimento

Somos resultado de nossas obras, teremos delas o mérito e seremos recompensados de acordo com o que temos feito.

Pela providência Divina, a natureza nos provê os recursos e os elementos para sermos transformados pelo uso da inteligência.

Não deve ser interpretado como uma espécie de comodismo em que ficamos esperando algo cair do céu.

Devemos confiar na sua providência, mas essa confiança não nos eximi do trabalho a ser realizado.

Ajuntar tesouros celestiais

“Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6: 33)

Devemos acumular os tesouros no céu: os tesouros eternos e imprescindíveis à felicidade do Espírito.

A sabedoria está em sabermos utilizar os bens materiais sem nos escravizarmos a eles, priorizando a aquisição dos bens espirituais, pois onde está o “nosso tesouro aí estará o nosso coração”.

A cada dia basta o seu mal

“Não vos ponhais inquietos pelo dia de amanhã, porquanto o amanhã cuidará de si. A cada dia basta o seu mal.” (Mateus, 6: 34)

Cada dia reflete uma oportunidade de crescimento espiritual, cujo aproveitamento depende da nossa vontade e do nosso esforço em superar os obstáculos do caminho.

Cada dia é uma lição. O dia de hoje é o que merece destaque e atenção, por ser o momento de vivenciar a lição que nos é reservada. O amanhã pertence a Deus e às consequências dos nossos atos.

“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.”  (Mateus, 5: 4)

“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (João, 16: 33)

“Ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.”  (Mateus, 28: 20)

Do livro “Vida feliz” (Espírito Joanna de Ângelis)

“Saúda o teu dia com a oração de reconhecimento.

Tu estás vivo.

Enquanto a vida se expressa, multiplicam-se as oportunidades de crescer e ser feliz.

Cada dia é uma bênção nova que Deus te concede, dando-te prova de amor.

Acompanha a sucessão das horas cultivando otimismo e bem-estar.”

“Investe na batalha da vida os teus esforços nobres e não desistas. Cada dia de resistência representa uma vitória até o momento da glória total.”

“Acalma as ânsias do teu coração. O que ainda não alcançaste, está a caminho.”

Bibliografia:

ÂNGELIS, Joanna de (Espírito); na psicografia de Divaldo Pereira Franco. Vida feliz. 18ª Edição. Salvador/BA: LEAL, 2020.

BÍBLIA SAGRADA.

KARDEC, Allan; tradução de Guillon Ribeiro. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.

EMMANUEL (Espírito); Saulo Cesar Ribeiro da Silva (Coordenação). O Evangelho por Emmanuel: comentários ao evangelho segundo Mateus.  1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2017.

SAYÃO, Antônio Luiz. Elucidações evangélicas à luz da Doutrina Espírita.  16ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.

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