Jesus na casa de Marta e Maria

“Caminhando Jesus e os seus discípulos, chegaram a um povoado, onde certa mulher chamada Marta o recebeu em sua casa. Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Senhor, ouvindo-lhe a palavra. Marta, porém, estava ocupada com muito serviço. E, aproximando-se dele, perguntou: Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado sozinha com o serviço? Dize-lhe que me ajude! Respondeu o Senhor: Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”. (Lucas, 10: 38-43)

Nesta passagem, Jesus foi à Betânia, cidade perto de Jerusalém, na estrada de Jericó, onde ficava a aldeia de Lázaro, o ressuscitado dos mortos. Cristo amava Lázaro e as suas irmãs Marta e Maria, as que lhe ungiram antes de sua morte. Naquela aldeia, Marta e Maria receberam a visita de Jesus com entusiasmo.

Maria prostrou-se aos pés de Jesus, ouvindo as suas narrativas e os seus ensinamentos, demonstrando devoção ao Salvador e nada mais lhe importava.

Marta interpretou a atitude da irmã erradamente, pedindo ao Mestre: “Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado sozinha com o serviço? Dize-lhe que me ajude!”. Porém, o Senhor a adverte para não valorizar em demasia as coisas materiais, ainda que importantes, por serem bens passageiros, afirmando: “Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”. Marta não era menos devotada a Jesus do que Maria, mas não percebeu o que mais lhe agradaria.

Esta lição conduz a importantes reflexões, principalmente diante das contínuas requisições que nos colocam assoberbados, pois tem sido comum as pessoas alegarem a falta de tempo. Certos comportamentos e atitudes atrelam-se a cronogramas rígidos, imutáveis, sem permitir improvisações ou alterações. Estas atividades, muitas vezes, são conduzidas em ritmo frenético, metódico, torturante e subjugadas a horários, rotinas e processos que mantêm as criaturas mais afastadas.

A exemplo de Maria, não podemos perder a oportunidade de melhoria espiritual pelo excesso de zelo ou apego às ações cotidianas. É possível reestruturar a vida e escolher a boa parte, sair da camisa de força, mantendo a responsabilidade, a ordem e a disciplina exigidas pela existência.

Maria escolheu a boa parte porque os seus esforços e as suas energias foram canalizados para o essencial. Assimilemos, assim, a essência da divina lição. Quem procura a boa parte e nela se detém, recolhe no campo da vida o tesouro espiritual que jamais lhe será roubado.


Bibliografia:

BÍBLIA SAGRADA.

EMMANUEL (Espírito); Saulo Cesar Ribeiro da Silva (Coordenador). O Evangelho por Emmanuel: comentários ao Evangelho segundo Lucas. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2016.

MOURA, Marta Antunes de Oliveira (organizadora). Estudo aprofundado da doutrina espírita: Ensinos e parábolas de Jesus – Parte II. Orientações espíritas e sugestões didático-pedagógicas direcionadas ao estudo do aspecto religioso do Espiritismo. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2017.

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