“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me”. (Mateus, 16: 24; Marcos, 8: 34; Lucas, 9: 23)
Para seguir Jesus, temos que vencer a luta íntima contra as próprias imperfeições, com destaque ao egoísmo, ao orgulho, à vaidade, ao ódio, ao rancor, aos inúmeros ressentimentos, dentre outras tantas.
Essa luta interna, do bem contra o mal, pode ser entendido como o renunciar a si mesmo, negar-se a si mesmo e fazer desaparecer o “eu” (egoísmo), e começar a enxergar os nossos semelhantes como verdadeiros irmãos, filhos do mesmo Pai.
Para seguir o Cristo, devemos tomar a nossa cruz diante das provações e expiações, com resignação, esforço e trabalho na prática do bem. Essa cruz tão necessária para a nossa evolução moral e espiritual, permitindo acumular tesouros celestiais na busca da perfeição relativa à Humanidade, tendo Jesus modelo e guia, caminho, verdade e vida em direção ao Pai.
Vinícius, no livro “Nas pegadas do Mestre”, escreveu: “Os dizeres acima não dão margem a mal-entendidos. Eles exprimem clara e positivamente que, para ser cristão, o homem precisa tornar-se forte, corajoso, intrépido. E o Mestre o exemplificou dando perfeito testemunho, na sua vida terrena, de integridade de caráter, de valor moral e de intrepidez. (…) Os que se salvam são os que amam o próximo, e renunciam ao mundo, com suas fascinações. (…) Jesus faz da renúncia o essencial para a admissão em seu apostolado. Quem alimenta aspirações mundanas de qualquer natureza não pode ser seu discípulo”.
Antonio Luiz Sayão, em “Elucidações evangélicas à luz da Doutrina Espírita”, esclarece:
“O devotamento absoluto e a submissão sem limites são as condições únicas de chegarmos à perfeição relativa que a Humanidade pode alcançar. Dedicando-nos aos nossos irmãos, pela prática sem reservas da caridade, submetendo-nos aos ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo, observando, em todos os nossos atos, os preceitos morais que Ele pregou e exemplificou, estaremos no caminho seguro da nossa salvação. Sujeito às necessidades materiais e aos instintos humanos, cumpre que o homem regule a sua existência, tendo sempre em vista que o seu corpo é um empréstimo que o Senhor lhe fez, como meio de efetuar a sua depuração e chegar até Ele. Não deve apegar-se a esse corpo, nem ao tesouro que acumulou, porquanto nenhum dos dois o salvará no outro mundo.
Aquele que se entrega aos gozos materiais entra para a categoria dos que perdem a alma pelos bens mundanos, dos que a ‘vendem ao demônio’, para usarmos de uma frase tantas vezes repetida e tão mal compreendida. Consagrarmos o nosso corpo, isto é, a nossa dedicação, o nosso trabalho, os nossos esforços ao bem da Humanidade, afrontando incômodos e contrariedades, empregando as riquezas que possuamos em auxiliar, com critério e prudência, os nossos irmãos, é caminharmos para a salvação. Fazer o contrário é gozar materialmente, negligenciando a verdadeira felicidade.
Que todos os nossos atos e pensamentos tenham a guiá-los a gratidão ao nosso Deus e o amor aos nossos irmãos; que nunca o egoísmo, ou o interesse pessoal manchem a pureza das nossas consciências”.
Bibliografia:
BÍBLIA SAGRADA.
SAYÃO, Antônio Luiz. Elucidações evangélicas à luz da Doutrina Espírita. 16ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.
VINICÍUS. Nas pegadas do mestre. 12ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2014.
Gratidão! Muita paz em seu caminhar,gosto de seus apontamentos,tenho compreendido melhor .
Prezada Sílvia Cardoso, boa tarde! Muito obrigado pelo seu comentário. Deus abençoe a você, seus familiares e entes queridos. Juan Carlos