Semear e colher

“Vocês não dizem: ‘Daqui a quatro meses haverá a colheita’? Eu lhes digo: Abram os olhos e vejam os campos! Eles estão maduros para a colheita. Aquele que colhe já recebe o seu salário e colhe fruto para a vida eterna, de forma que se alegram juntos o que semeia e o que colhe. Assim é verdadeiro o ditado: ‘Um semeia, e outro colhe’. Eu os enviei para colherem o que vocês não cultivaram. Outros realizaram o trabalho árduo, e vocês vieram a usufruir do trabalho deles”.  (João, 4: 35-38)

O texto evangélico trata da semeadura e da colheita no sentido de que uns semeiam e outros colhem, tarefas que são permanentes e simultâneas, pois em todas as épocas se espalham as sementes e se colhem as safras. Contudo, não há exclusividade em quem semeia e naquele que colhe: o que semeia colhe, e o que colhe semeia. Uns semeiam em determinado tempo e outros se beneficiarão dos frutos em tempos vindouros.

A alegria da colheita da safra está nas semeaduras realizadas por nossos antecessores, induzindo-nos também a semear para que outros tenham a mesma alegria no futuro. Na lavoura espiritual, conectam-se e solidarizam-se passado, presente e futuro.

Os trabalhadores da última hora, dedicados e conscientes, não perdem tempo: os campos estão maduros para a colheita e a terra arada espera por novas sementes. O presente eterno nos chama, convidando-nos ao trabalho edificante, pois todos nós somos capazes e aptos a semear: basta querer.

“A geração atual goza em todo o sentido uma grande soma de benefícios, de comodidades e direitos que, em seu conjunto, representa o esforço, a luta e o sacrifício de gerações passadas. O presente é a consequência do pretérito, assim como o futuro será a resultante do presente”.

Cabe-nos então trabalhar pelas futuras gerações, eliminando as ervas daninhas que ainda existam no campo, preparando, assim, um mundo melhor, onde a liberdade e a justiça sejam soberanas. Quem colhe adquire a obrigação também de semear.

Daí as perguntas: Para quem semeamos? Por que um mundo melhor? Para quem estamos preparando a Nova Jerusalém? A resposta é para nós mesmos, pois “as gerações que se sucedem no cenário terreno somos nós próprios, são os nossos filhos, os nossos irmãos, os objetos do nosso amor.  (…) Obreiros da vinha do Senhor! Mãos à obra; semeai e colhei, porque na seara espiritual todas as estações são próprias, todas as épocas são favoráveis, todos os tempos são bons, tanto para semear como para colher. A hora vem, e agora é”. (VINÍCIUS. Nas pegadas do Mestre)

Bibliografia:

BÍBLIA SAGRADA.

VINÍCIUS. Nas pegadas do Mestre. 12ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2014.

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