“Tende cuidado para que alguém não vos seduza; porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘eu sou o Cristo’, e seduzirão a muitos. Levantar-se-ão muitos falsos profetas que seduzirão a muitas pessoas; e porque abundará a iniquidade, a caridade de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim se salvará. Então, se alguém vos disser: ‘o Cristo está aqui, ou está ali’, não acrediteis absolutamente; porquanto falsos cristos e falsos profetas se levantarão e farão grandes prodígios e coisas de espantar, ao ponto de seduzirem, se fosse possível, os próprios escolhidos”. (Mateus, 24: 4, 5, 11 a 13, 23 e 24; Marcos, 13: 5, 6, 21 e 22)
Nestes textos Evangélicos, Jesus alerta quanto aos falsos profetas que enganam e arrastam pessoas e nações.
Conceitualmente, profeta pode ser aquele que proclama, anuncia os desígnios divinos, dá sinais da divindade, sabe de coisas que pessoas comuns não sabem ou vem em missão para instruir os homens e revelar as coisas ocultas e os mistérios da vida espiritual. Associou-se profeta também às profecias, com o dom de desvendar o futuro.
Na história da Humanidade, muitas pessoas valeram-se de falsos discursos, promessas vãs, ilusões ou teorias falhas, atribuindo-lhes poder divino, prodígios ou milagres, apresentando-se como reformadores e messias, com a finalidade de enganar. O alerta do Mestre é oportuno, porquanto falsos profetas poderão enganar até os escolhidos.
“Guardai-vos dos falsos profetas que vêm ter convosco cobertos de peles de ovelha e que por dentro são lobos rapaces. Conhecê-los-eis pelos seus frutos. (…), toda árvore boa produz bons frutos e toda árvore má produz maus frutos. Uma árvore boa não pode produzir frutos maus e uma árvore má não pode produzir frutos bons”. (Mateus, 7: 15-20)
O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podemos reconhecê-lo por suas palavras e pelos seus atos. Impossível Deus servir-se de boca mentirosa para ensinar a verdade. Os verdadeiros profetas são Espíritos adiantados que fizeram suas provas noutras existências. O missionário divino é reconhecido pela superioridade em inteligência, moralidade, virtudes, grandeza e influência moralizadora de suas obras.
Já os falsos profetas se dizem investidos de poder divino e possuidores da verdade, ao mesmo tempo em que se mostram orgulhosos, vaidosos, cheios de si, falam com altivez e parecem temerosos de que não lhes deem crédito.
Como no passado, continuará havendo falsos profetas, procurando desviarmos do caminho da verdade e da vida preconizado pelo Mestre Jesus. A melhor prevenção é seguir os exemplos e os ensinamentos de Jesus: árvore boa somente dá bons frutos, não há como árvores más dar bons frutos. Por tudo isso, mantenham-se entre os eleitos, praticando o bem e o amor ao próximo pela ação da caridade e da fraternidade universal, na construção da sua futura morada.
Bibliografia:
BÍBLIA SAGRADA.
KARDEC, Allan; tradução de Guillon Ribeiro. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.