
“Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros. Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos”. (João, 13: 34-35)
Neste versículo, Jesus disse que se tratava de novo mandamento, além de “amarás a Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento” e “amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mateus, 22: 37- 39).
Este novo mandamento pode ser resumido em: amar como Jesus amou; em amando desta maneira, serão considerados seus discípulos. O novo chamamento de Jesus conduz a buscar o seu exemplo de amar, ordenando ir uns aos outros, amando-se mutuamente.
Há diferentes tipos de amor: próprio; filial; maternal; paternal; prazeroso; egoísta; possessivo; platônico; dentre tantas variantes. Amar, todos os seres amam, porque amar é lei da Natureza e o amor é atributo inseparável da vida. Deus é amor.
À medida que o ser humano busca planos mais elevados da vida, o amor transcende assumindo outras modalidades de amor, chegando até a amar como Jesus amou.
Jesus amou incondicionalmente; amou amigos e inimigos, os bons e maus, os justos e os pecadores. Não basta amar os que nos amam, fazer bem aos que nos fazem bem. É preciso muito mais: “amai os vossos inimigos, fazei bem ao que vos tem ódio, e orai pelos que vos perseguem e caluniam” (Mateus, 5: 44).
A lógica do amor não é retributivo, onde somente damos amor a quem nos deu amor, como uma transação comercial, mas sim doar amor em abundância, o amor fraterno universal que irradia e multiplica.
Jesus disse: “reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil”. (Mateus, 5: 25-26)
Do amor ao próximo até amar os inimigos, mede-se a evolução moral, donde decorre o grau da perfeição. Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras, lhes disse: “sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial”.
Assim, das formas infinitas, o amor verdadeiro, princípio da vida universal, força inesgotável de renovação, em suas manifestações mais elevadas e puras, raios refratados ligados ao amor e poder divinos, transcende a tudo, desabrochando mil outras formas variadas de amor, até sublimar no amor que conduz à perfeição.
Bibliografia:
BÍBLIA SAGRADA.
KARDEC, Allan; tradução de Guillon Ribeiro. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.
VINÍCIUS. Nas pegadas do Mestre. 12ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2014.