Vigiai, porque não sabeis nem o dia, nem a hora

“Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai”. (Mateus, 24: 36)

“Portanto, vigiai, porque não sabeis em qual dia vem o vosso Senhor”. (Mateus, 24: 42)

“Senhor, Senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Portanto, vigiai, porque não sabeis nem o dia, nem a hora”.  (Mateus, 25: 13)

Estas passagens fazem parte da anunciação dos tempos de transição do mundo de provas e expiações para um mundo regenerado, símbolo de uma sociedade mais feliz, justa, pacífica, amorosa e fraterna, trazendo ensinamentos às nossas vidas, em que devemos nos esforçar em vigiar para manter a iluminação interior no trabalho edificante na prática do bem, cuja recompensa será a conquista do reino de Deus com acesso à festa de união dos seres humanos com o Criador.

Como na Parábola das dez virgens (Mateus, 25: 1-13), aqueles que não se prepararem para estes tempos perderão o início das bodas, quando se fecharem as portas de um momento para outro, como expresso na Parábola da figueira (Mateus, 24: 32-36): “Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai”.

Daí a importância de se perseverar na vigilância necessária, porque não se pode precisar o momento em que ocorrerá a transição da Humanidade, por isso o alerta na Parábola das dez virgens: “Portanto, vigiai, porque não sabeis nem o dia, nem a hora”.

Neste contexto, da Parábola do joio e do trigo, o crescimento do joio junto ao trigo representa a luta entre o bem e o mal, comum em mundos de expiação e provas como o nosso. Indica também as dificuldades e as bênçãos existentes na luta cotidiana. Importa considerar que muitos “joios” encontrados na pauta da existência ocorrem como produto da nossa invigilância ou decorrentes de longos processos de depuração ainda não superados.

Emmanuel, em “Vigilância”, aconselha: “É verdade indiscutível que marchamos todos para a fraternidade universal, para a realização concreta dos ensinamentos cristãos; todavia, enquanto não atingirmos a época em que o Evangelho se materializará na Terra, não será justo entregar ao mal, à desordem ou à perturbação a parte de serviço que nos compete. (…) E no serviço de construção cristã do mundo futuro, é indispensável vigiar o campo que nos compete. O apostolado é de Jesus; a obra pertence-lhe. (…), contudo, ninguém se esqueça de que o Senhor não prescinde da colaboração de sentinelas”.

Assim, diante dos sinais dos tempos, devemos agir com prudência e vigilância dobradas, pois: “Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai”.

Bibliografia:

AUTORES DIVERSOS. Parábolas de Jesus à Luz da Doutrina Espírita. 2ª Edição. Juiz de Fora/MG: Fergus Editora, 2019.

BÍBLIA SAGRADA.

CALLIGARIS, Rodolfo. Parábolas Evangélicas à Luz Espiritismo. 11ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.

EMMANUEL (Espírito); Saulo Cesar Ribeiro da Silva (Coordenador). O Evangelho por Emmanuel: comentários ao Evangelho segundo Mateus. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2017.

SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e Ensino de Jesus. 28ª Edição. Matão/SP: Casa Editora O Clarim, 2016.

4 comentários em “Vigiai, porque não sabeis nem o dia, nem a hora

  1. Selma dos Santos Walkenbach 08/11/2020 — 09:19

    Que Deus abençoe esta semeadura do Bem 🙏

  2. Almir Avelino de Freitas 23/10/2021 — 06:21

    Bom dia. Ontem estive na casa espírita bezerra de Menezes em Natal Rn. E o irmão na mesa disse que Jesus Cristo não volta mais porque nunca saiu da terra. Em of perguntei. Então aquela história da igreja católica di juízo final não existe? Ele respondeu não existir. Realmente gostaria da opinião de de vocês nesse assunto

    1. Prezado Almir Avelino de Freitas, boa noite!
      Allan Kardec cuida desse assunto no livro “A Gênese”, no Capítulo XVII, Predições do Evangelho, Juízo final, dos itens 62 a 67.
      Alguns trechos extraídos:
      “63. Tendo que reinar na Terra o bem, necessário é sejam dela excluídos os Espíritos endurecidos no mal e que possam acarretar-lhe perturbações. Deus permitiu que eles aí permanecessem o tempo de que precisavam para se melhorarem; mas, chegado o momento em que, pelo progresso moral de seus habitantes, o globo terráqueo tem de ascender na hierarquia dos mundos, interdito será ele, como morada, a encarnados e desencarnados que não hajam aproveitado os ensinamentos que uns e outros se achavam em condições de aí receber. Serão exilados para mundos inferiores, como o foram outrora para a Terra os da raça adâmica, vindo substituí-los Espíritos melhores. Essa separação, a que Jesus presidirá, é que se acha figurada por estas palavras sobre o juízo final: ‘Os bons passarão à minha direita e os maus à minha esquerda’.”
      “64. A doutrina de um juízo final, único e universal, pondo fim para sempre à humanidade, repugna à razão, por implicar a inatividade de Deus, durante a eternidade que precedeu à criação da Terra e durante a eternidade que se seguirá à sua destruição.” (…)
      “66. Moralmente, um juízo definitivo e sem apelação não se concilia com a bondade infinita do Criador, que Jesus nos apresenta de contínuo como um bom Pai, que deixa sempre aberta uma senda para o arrependimento e que está pronto sempre a estender os braços ao filho pródigo. Se Jesus entendesse o juízo naquele sentido, desmentiria suas próprias palavras.” (…)
      “67. O juízo, pelo processo da emigração, conforme ficou explicado acima (item 63), é racional; funda-se na mais rigorosa justiça, visto que conserva para o Espírito, eternamente, o seu livre-arbítrio; não constitui privilégio para ninguém; a todas as suas criaturas, sem exceção alguma, concede Deus igual liberdade de ação para progredirem; o próprio aniquilamento de um mundo, acarretando a destruição do corpo, nenhuma interrupção ocasionará à marcha progressiva do Espírito. Tais as consequências da pluralidade dos mundos e da pluralidade das existências.
      Segundo essa interpretação, não é exata a qualificação de juízo final, pois que os Espíritos passam por análogas fieiras a cada renovação dos mundos por eles habitados, até que atinjam certo grau de perfeição. Não há, portanto, juízo final propriamente dito, mas juízos gerais em todas as épocas de renovação parcial ou total da população dos mundos, por efeito das quais se operam as grandes emigrações e imigrações de Espíritos.”

    2. Prezado Almir Avelino de Freitas, continuando.
      No mesmo livro “A Gênese”, no Capítulo XVII, dos itens 43 a 46, Kardec trata do “Segundo advento do Cristo”, da seguinte maneira:
      “45. Jesus anuncia o seu segundo advento, mas não diz que voltará à Terra com um corpo carnal, nem que personificará o Consolador. Apresenta-se como tendo de vir em Espírito, na glória de seu Pai, a julgar o mérito e o demérito e dar a cada um segundo as suas obras, quando os tempos forem chegados.”
      Os demais itens, deixo para os seus estudos.

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