Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus

“Os fariseus, tendo-se retirado, entenderam-se entre si para enredá-lo com as suas próprias palavras. (…) – Dize-nos, pois, qual a tua opinião sobre isto: É-nos permitido pagar ou deixar de pagar a César o tributo? Jesus, porém, que lhes conhecia a malícia, respondeu: Hipócritas, por que me tentais? Apresentai-me uma das moedas que se dão em pagamento do tributo. – E, tendo-lhe eles apresentado um denário, perguntou Jesus: De quem são esta imagem e esta inscrição? “De César” – responderam eles. Então, observou-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Ouvindo-o falar dessa maneira, admiraram-se eles da sua resposta e, deixando-o, se retiraram”.  (Mateus, 22: 15-22; Marcos, 12: 13-17)

A questão feita a Jesus era motivada pela circunstância de que os judeus repudiavam os tributos romanos, transformando o seu pagamento em questão religiosa. Havia na pergunta armadilha para tentar o Mestre, que lhes conhecia a malícia. Na resposta, deu lição de justiça com o dizer que a cada um seja dado o que lhe é devido.

Em todos os ensinos de Jesus, há um princípio segundo o qual devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Condena-se todo prejuízo material e moral que se possa causar a outrem, toda postergação de seus interesses.

Com “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, Jesus estabeleceu importante questão como seres de dois mundos: o terrestre, com todas as obrigações a ele inerentes; e o espiritual, com todas as implicações e entendimentos que isto acarreta. O poder no mundo material é temporário e o poder no mundo espiritual não tem fim.

As obrigações no mundo material estão no exercício, com dignidade, da nossa cidadania, obedecer às leis e aos costumes, respeitar a nós mesmos e ao nosso corpo físico, respeitar o próximo e a sociedade, fazer bom uso dos bens materiais que estão à nossa disposição e sempre promover a fraternidade, buscando a evolução.

Mas, como seres espirituais que somos, devemos cumprir as obrigações morais das leis divinas. Assim, de um lado, o imposto a ser pago em moeda deste mundo, do outro, o crédito moral que nos levará a evolução. Em uma tem a imagem e a descrição do Imperador Romano, representando a injustiça, a opressão, o medo, as desigualdades, o orgulho e o egoísmo. Em outra, tem a face de Jesus, o símbolo de amor, bondade, servidão, paz, justiça, benevolência, caridade, fraternidade e do bem.

Qual o mais importante? Lembremos as palavras de Jesus em Mateus 6, 33: “buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Portanto, saibamos que o reino de Deus e a sua justiça têm prioridade sempre. Como disse Pedro: “antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5, 29).


Bibliografia:

BÍBLIA SAGRADA.

EMMANUEL (Espírito); Saulo Cesar Ribeiro da Silva (Coordenador). O Evangelho por Emmanuel: comentários ao Evangelho segundo Mateus. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2017.

KARDEC, Allan; tradução de Guillon Ribeiro. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.

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