O Espírito Emmanuel, na psicografia de Francisco Cândido Xavier, no livro “A caminho da luz”, no Capítulo 1, em “A Gênese planetária”, sobre “A comunidade dos Espíritos Puros”, relata:
“Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma comunidade de Espíritos puros e eleitos pelo Senhor supremo do universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.
Essa comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.
A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção”. (Espírito Emmanuel, na psicografia de Francisco Cândido Xavier. A caminho da luz. FEB Editora, Cap. 1)
Vemos, dessa forma, a excelsitude de Jesus, o construtor da nossa moradia, planeta destinado à nossa melhoria espiritual.
A respeito dos Espíritos Puros, em “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, extraíamos:
“PRIMEIRA ORDEM. — ESPÍRITOS PUROS
112. CARACTERES GERAIS. — Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, com relação aos Espíritos das outras ordens.
113. Primeira classe. CLASSE ÚNICA. — Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus.
Gozam de inalterável felicidade, porque não se acham submetidos às necessidades, nem às vicissitudes da vida material. Essa felicidade, porém, não é a de ociosidade monótona, a transcorrer em perpétua contemplação. Eles são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam para manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os Espíritos que lhes são inferiores, auxiliam-nos na obra de seu aperfeiçoamento e lhes designam as suas missões. Assistir os homens nas suas aflições, concitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os conservam distanciados da suprema felicidade, constitui para eles ocupação gratíssima. São designados às vezes pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins.
Podem os homens pôr-se em comunicação com eles, mas extremamente presunçoso seria aquele que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens.”
Em “A Gênese”, de Allan Kardec, no Capítulo I, em “Caráter da revelação espírita”, no item 10, temos: “Só os Espíritos puros recebem a palavra de Deus com a missão de transmiti-la…”.
Bibliografia:
EMMANUEL (Espírito); psicografado por Francisco Cândido Xavier. A caminho da luz. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2016.
KARDEC, Allan; tradução de Evandro Noleto Bezerra. A Gênese. 2ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2013.
KARDEC, Allan; tradução de Guillon Ribeiro. O Livro dos Espíritos. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.
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